Paulo Betti (Ator):O que mais me agrada em minha profissão é conhecer artistas como Nininho de Uauá ! Ouvi seu disco anterior e adorei! Nininho canta sua terra e sua gente com a ligação direta com a alma do povo que só os mais humildes e populares conseguem. Viva o trabalho de Nininho de Uauá".
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Hermano Penna (Cineasta): "As estrelas no céu, os pirilampos na terra". O sertão tem muitas vozes. Antigas e novas. Nininho de Uauá é uma novíssima voz na eterna missão de descobrir e cantar o sertão. É novíssima não por ser recente, é tal pelo que diz. Como poucos, Nininho, sabe se utilizar das coisas simples da caatinga para transformá-las em imagens poderosas que falam da alegria, dores, dúvidas e esperanças de sua gente. Na sua música podemos sentir o prazer da sombra do umbuzeiro, a beleza dos pirilampos tentando reproduzir na terra o infinito manto de estrelas do céu de Uauá. Mas, nela também ressoa a grande saga do homem que abandona sua terra para viver os desafios da cidade grande. A sutileza das coisas do sertão cede a fúria do trânsito, o barulho da cidade grande. A música de Nininho é novíssima porque nasce da consciência da dificuldade e da luta e nunca do sentimento de derrota. Foi pensando assim que utilizei sua música e sua presença no meu filme "São Paulo de Uauá". Artista, amigo, mestre e profeta de sua gente. Que Nininho continue conquistando novos corações, como fez com o meu, com sua arte!”.
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João Suassuna (Escritor): “Gostei muito do CD e DVD do Nininho. A região de Uauá, na Bahia, terra do bode, é magnífica e o Nininho não só dignificou, mas difundiu também, e com muita maestria, a cultura do povo nordestino, na terra da garoa. Abraço fraterno.
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Shila Joaquim (Atriz e Artista Plástica): “Nininho de Uauá, êta matuto bão!
E finalmente recebi o último trabalho de Nininho. É um álbum duplo contendo um DVD e um CD com uma capa primorosa de Gildemar. O CD traz uma coletânea das composições gravadas em outros trabalhos, já o DVD é o documentário feito por Hermano Penna. Tudo muito bem tratado, tudo muito humano e familiar.
São belas composições que dão uma dimensão do modo pelo qual Nininho enxerga o mundo, uma forma bem peculiar de identificar o amor e a mulher com elementos da natureza, a ligação do sentimento de tristeza e solidão com a devastação e a citação do elemento água como fonte de vida e prazer, mas, sem levantar bandeiras ou demonstrar engajamento político ideológico! É só a arte de Nininho e o modo pelo qual ele, como artista, se relaciona com o mundo.
Parece a mim que tudo em Nininho é sentimento, carne viva e fremente. Aquela sertanidade mista de imensidão e intimidade.
Uma das razões que aprecio o trabalho é por me fazer lembrar do valor do cotidiano. Meio Câmara Cascudo, meio Cora. Essas miudezas da vida sempre me interessaram. Já descobri que tudo que é grande é só um monte de coisinhas pequenas.
Outro elemento charmoso no trabalho é a sua maneira de se identificar e se localizar como individuo, dizendo sempre de onde vem, o que gosta e o que lhe toca. Além disso, esse artista tem um poder de aglutinar a sua volta gente de muita qualidade. No trabalho pode-se ouvir Gereba, Aleno Farias, João Bá, entre outros. Na verdade penso eu que Nininho é o matuto mais sofisticado que conheço, pois seu trabalho não é só mais um CD, mas, sim um trabalho em sintonia com o nosso momento, que vem com preocupação visual, musical e social além, é claro, de criar redes com outros artistas. Nininho, literalmente, afina-se com o mundo.
O DVD é um documentário tocante onde temos uma idéia mais clara do que é Nininho e o ambiente que o fez artista, sua identidade e suas referências, pois conhecer Uauá, cidade do sertão da Bahia, é conhecer um pouco de uma das histórias mais marcantes do Brasil que foi a Guerra de Canudos.
Nininho ainda não foi no Faustão e nem seu DVD tem chamadas nas emissoras mais assistidas, mas sua grandeza de artista desponta diante de alguns olhos mais atentos. Com certeza vale a pena conhecer seu trabalho e provar de sua sertanidade, pois ouvir Nininho de Uauá é atrever-se a SER TÃO!”
Participou da novela Metamorphoses (TV Record) e do Filme São Paulo de Uauá (TV Cultura).É um dos criadores dos encontros: Uauá São Paulo; Euclides da Cunha São Paulo; Encontro do Povo do Sul e a Festa do Umbu (Uauá-BA). Foi imortalizado no Livro "Sertão Musa" do historiador Telito Rodrigues, onde sua biografia aparece ao lado de grandes nomes da música e da cultura brasileira como: Rolando Boldrin, Luiz Gonzaga e Patativa do Assaré. Seu 5º CD tem a participação especial do grande Luiz Caldas.
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